quarta-feira, 30 de junho de 2004

FIM DA LINHA


FIM DA LINHA
Machado de Carlos

Ela, uma louca locomotiva;
As rodas cortavam o aço inocente,
E eu? - Uma mera alma parca e esquecida,
gravava as letras mortas da existência!...

Ela vai e vem, e deixa suas feridas...
O tempo ignora o tempo da carência...
Abrem portas e fecham portas sem saídas,

as rugas medem a rude vivência!...
A grilheta se romperá ao luar?
As águas correm... o mesmo tédio!...
A voz nunca muda... É o mesmo cantar!...

A visão se perde contra o Rei Sol
... muitas receitas, poucos são os remédios...
Termina e nasce outra vida maior!...
Carlos

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NOTA DA LUA NUA: Obrigado cara!

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