terça-feira, 30 de junho de 2009

NUNCA INVERNO & NITROMINDS em Blumenau



NITROMINDS
Nitrominds volta a cidade após 5 anos, e traz em sua bagagem o seu ultimo trabalho intitulado “Verge of Collapse” o disco mais rápido e agressivo de sua carreira. O Show ainda conta com antigas canções do Nitrominds, que após 11 turnês internacionais e 14 anos de estrada não está nem perto de parar. É uma das mais antigas e ativas bandas do cenário underground nacional.

BANDAS
Nitrominds (SP)
Nunca Inverno (Bnu))
Police Play Eggs (Ind)
Fatal Blow ( BC)
Reprise (Bnu)

DATA: 5/7 - SÁBADO
HORA: Início 15:00h
LOCAL: DONNA D Pub - Blumenau/SC
INGRESSOS:
Antecipados: R$10,00 (Com Xão, Palladium Laser Rua 7 Setembro, 1213 s 106 , Be Bop Discos Rua 7 Setembro 1128, ou pelo cel: (41) 9999-1381)
Na hora: R$15,00



NOTA DA LUA NUA: O baterista da banda Nunca Inverno é meu filhote :)

Se quiser dar uma lida na entrevista que a banda deu para Hardcore Uberlândia clica aqui

sexta-feira, 26 de junho de 2009

NEVERLAND - Descanse em paz...

O cantor Michael Jackson morreu na tarde desta quinta-feira após sofrer parada cardíaca e ser levado às pressas para um hospital de Los Angeles. O cantor de 50 anos não estava respirando quando os paramédicos chegaram à sua casa e quando deu entrada no hospital em estado de coma.

MORTE POR MEDO DO CÂNCER?
Michael Jackson parece ter pirado de vez. Com câncer de pele, segundo o jornal inglês The Sun, ele tem dito aos seus amigos mais próximos que está com medo de morrer. E pior do que isso: que,antes da morte, o seu nariz caia. Esta é uma parte do corpo onde foi detectada a doença. O abalo psicológico fez com que o cantor adiasse a estréia de sua longa turnê na Inglaterra, onde estão previstos cerca de 40 shows. Michael está estressado, apesar da garantia dos médicos de que suas chances de cura são excepcionais.

Além do nariz, as celulas cancerosas foram encontradas no peito e no braço. Segundo o The Sun “nossas fontes disseram que ele está convencido de o nariz vai cair”. Aos 50 anos, o seu caso é razoavelmente simples e é possível que ele sequer se submeta ao agressivo tratamento de quimioterapia, que, entre outras coisas, provoca calvície. Cerca de 80 mil pessos já haviam comprado ingressos para os dois primeiros shows cancelados.

POR STRESS?
Um dos amigos mais íntimos de Michael Jackson, o guru Uri Geller, disse em entrevista que, mesmo não sendo médico, tem um palpite sobre a morte do cantor: estresse. Segundo Geller, ultimamente ele andava num nível de tensão muito alto devido a sua volta aos palcos no dia 12, em Londres, onde iniciaria uma série de 50 apresentações.

OU POR EXCESSO DE MEDICAMENTOS?
Um analgésico muito forte, chamado Demerol, pode ter sido a causa da morte do rei do pop. Segundo pessoas próximas ao cantor, há muitos anos ele fazia uso de medicamentos semelhantes à morfina para enfrentar dores crônicas que uma queda no palco, e algumas fraturas de costela e traumas nas vértebras, vinham lhe causando.

TRANSFORMAÇÃO DO ROSTO DE JACKSON



NOTA DA LUA NUA: Sem dúvida alguma Michael Jackson é o maior exemplo de criança superstar que nunca teve uma infância, uma criação devida, um pai amoroso ou desenvolvimento de caráter.

Foi rico, mas será que era feliz?

Tinha fama, mas teve algum calor humano?

Mais do que admiração, tive pena do menino Jackson que chegou a ser chamado pelos tablóides de Wacko Jacko (Louco Jackson).

Teve uma vida complicada, tomara que ao menos agora... Descanse em paz.

A fisionomia de Michael Jackson seria inteiramente diferente hoje se não tivesse sofrido tantas cirúrgias plásticas (fala-se em 50). Segundo o artista da polícia de Nova York, Stephen Mancusi.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA MISSIONÁRIA



Depois de dois meses de investigação, a Polícia Civil em Rio do Sul, Vale do Itajaí, prendeu em flagrante o padre Ângelo Schiarelli, 64 anos, por atentado violento ao pudor. A prisão ocorreu às 17h desta sexta-feira no apartamento da Paróquia Divino Espírito Santo, no Bairro Canoas, onde o padre morava. Na hora do flagrante, o suspeito estava com uma menina de 13 anos no quarto. No computador dele, apreendido na paróquia no dia da prisão, foram encontradas 22 mil fotos de crianças. Elas aparecem de biquíni, com os seios à mostra ou em posições obscenas.
Fonte: Diário Catarinense

Segundo a revista Isto É tem até um verdadeiro “manual do padre pedófilo”, no qual o religioso descreve as fórmulas que ele acredita serem “seguras” para conquistar crianças.


"MANUAL DO PEDÓFILO"
Redigido pelo Padre Tarcísio Sprícigo, a respeito de suas vítimas


1) Idade > 7 > 8 > 9 > 10
2) Sexo > masculino
3) Condições sociais > pobre
4) Condições familiares > de preferência um filho sem pai, só com a mãe sozinha – ou com 1 irmã.
5) Onde procurar > nas ruas, escolas e famílias.
6) Como fisgar > aulas de violão, coralzinho, coroinha.
7) Importantíssimo > prender a família do garoto.
8) Possibilidades > garoto carinhoso, calmo, sem bloqueios, carente de pai, sem moralismos.
9) Ver o que o garoto gosta e partir desta premissa para atendê-lo em cobrança a sua entrega a mim.
10) Como apresentar-se > sempre seguro –sério– dominador – pai – nunca fazer perguntas, mas ter certeza.

Crimes não são novidade no interior das Igrejas, “Nos últimos três anos, cresceram em 70% as denúncias de abusos sexuais praticados por religiosos no Brasil”, diz Regina Soares Jurkwicz, doutoranda na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) e autora do livro Desvelando a política do silêncio: abuso sexual de mulheres por padres no Brasil.

Diante dessa crise moral, o papa Bento XVI, ex-chefe da Congregação da Doutrina da Fé – órgão do Vaticano encarregado de investigar as denúncias de abuso sexual na Igreja –, despachou para o Brasil, em setembro, uma comissão para investigar o que ocorre longe das vistas dos fiéis. O quadro encontrado pelos representantes da Santa Sé não é nada animador. Há, no Brasil, cerca de dez padres na cadeia, condenados pelos crimes de abuso sexual. Há, ainda, aproximadamente 40 religiosos fugindo de mandados de prisão, muitos deles, segundo as investigações do Vaticano, acobertados pela própria Igreja.
Fonte: Revista Isto É


NOTA DA LUA NUA:
Algumas manchetes que achei clicando no Google escrevendo padre & pedofilia, mas quem tiver interesse, tem muito mais matéria na net:
Padre pedófilo é flagrado com 4 adolescentes em motel
México desarticula rede de pedofilia integrada por padre

Alguém pode me explicar porque a Igreja Católica ainda mantém o celibato?
Alguém pode me explicar como a Igreja Católica ainda se mantém?
Alguém pode me explicar se podemos conviver com a existência de uma Igreja Católica que preserva a impunidade em detrimento às crianças e adolescentes de todo o mundo?
Essa agora é para chorar: As mães estão com medo, mas quem não estaria? Provavelmente são mulheres simples, de classe pobre e que sabem que por elas nem a polícia, nem justiça, nem a igreja. Elas estão completamente sós.
Acabei de ler isso no jornal:
Testemunhas do caso do padre suspeito de pedofilia deixam de depor

E sabe o que ele falou na entrevista ontem no Jornal da RBS?
QUE ELE FOI SEDUZIDO!!!! — A menina me assediou tanto, a menina deu tanto em cima de mim, a menina me pressionou, eu fui seduzido, eu fui bobamente levado por ela — afirmou Chiarelli.



PARA EFETUAR DENÚNCIA DISQUE 0800 647 1323 OU DISQUE 100

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A MORTE DE UM VALOR SOCIAL

STF RASGA O NOSSO DIPLOMA
Márcio Proença

Muitas vezes afirmo que o Brasil não é uma casa arrumada. Muitas das vezes me encontro desejoso de cair fora e dizer: "Brasil, nunca mais". Sim, essa é a minha real vontade, pois, diante de decisões que representam um retrocesso, como a derrubada do diploma de jornalismo nesta última quarta-feira, 17 de junho, me sinto enfraquecido, envergonhado em ter que mostrar em outra nação - civilizada - meu passaporte e deixar saber que sou de nacionalidade brasileira. No momento sinto que esses últimos quatro anos não me servirão em nada e que o diploma que terei em mãos provavelmente terá valor zero perante os donos das empresas de comunicação. Atualmente sou estudante do curso de jornalismo, cursando o sétimo período - penúltimo período - e minha turma tem previsão de conclusão do curso em dezembro do ano corrente, mas olho para trás, olho a luta de todos que se debruçaram sobre livros, esquentaram cadeira de faculdade por quatro anos, investiram parte de seus salários em algo que acreditavam ser o caminho certo para uma melhora em todos os sentidos profissionais, intelectuais, etc. e que agora têm mais essa manga para chupar, pois devido à desqualificação e equívoco imperdoável como é o caso dos membros do dito STF, em Brasília, sentimos ter andado léguas e não chegado a lugar nenhum.

Até quando vamos ter que conviver com essa corja que não reflete nossa sociedade? Com certeza Gilmar Mendes cometeu um erro sem perdão e digo que pelo currículo desempenha muito mal o cargo de Ministro do STF, não deixando de fora os demais ministros que compõem aquela dita casa - que parece mais um circo de concreto armado - de onde saem os absurdos como o caso de Daniel Dantas e tantos outros que a sociedade brasileira tomou conhecimento somando-se agora o fim do diploma para o exercício de jornalista. A grande ironia neste absurdo está na seguinte análise: em uma das leituras realizadas no STF, afirmou-se que a obrigatoriedade foi concebida há quarenta anos, em governo ditatorial; resumindo, os ministros rasgaram indiretamente o nosso diploma e pregam que a liberdade de expressão deve assistir aqueles que nunca passaram por uma faculdade. Mas, quem é Gilmar Mendes para divagar a respeito da ditadura, ademais sobre a obrigatoriedade, ou não, do diploma de jornalista?

É um extremo absurdo que profissionais os quais passaram por toda a “sorte” de dificuldades para serem diplomados legitimamente jornalistas, fiquem à mercê de decisões estapafúrdias provenientes de um cidadão que criminaliza os movimentos sociais deste país, como o Movimento dos Sem-Terra (MST), e, pasmem, defende abertamente os torturadores da ditadura militar, quando o governo Lula tentou revisar a Lei da Anistia, segundo foi publicado na mídia. Mas também o que eu posso esperar de um país onde a justiça é tardia e falha? Onde posso por meus pés e dizer que sinto orgulho de ser brasileiro, se meu país só pensa em samba, futebol e bundas enquanto a saúde e educação, bases fundamentais de sustento para uma sociedade, só dão notas desafinadas e marcam gols contra? O que podemos esperar deste país onde seu presidente tem a CARA DE PAU em dizer que emprestou dez bilhões de dólares ao FMI enquanto aqui dentro tudo vai de mal a pior?

Volto a argumentar: De onde este senhor tirou a infeliz afirmação de que todo cidadão, repito, TODO, tem direito a ser jornalista? Onde está a bendita liberdade de expressão, quando se há a defesa lacônica de torturadores do regime militar? O que esperar de um ministro do judiciário que concede um habeas corpus ao banqueiro e corrupto Daniel Dantas? O que esperar?! Ora, a desintegração do diploma de jornalista!

O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), entidade a qual defende inteiramente a obrigatoriedade do diploma, Sérgio Murilo Andrade, resumiu, como um bom jornalista diplomado sempre faz, a sensação que companheiros de classe, temos agora a respeito desta decisão: “Deixamos de ser uma categoria para sermos um amontoado”.

Gostaria de enfatizar que estou defendendo uma classe que não se considera privilegiada por possuir um documento que prova sua legitimidade, portanto, meu intuito não é atacar quaisquer jornalistas que possuem, ou não, o direito adquirido. Muito pelo contrário, apenas defendo que elementos teóricos na vida de um profissional jornalista é essencialmente relevante para o exercício cotidiano da profissão.

Porém, não devemos nos curvar perante tal arbitrariedade imposta à nossa classe. Não devemos nos abater pensando que fomos “minimizados” pelas mãos de um poder judiciário caolho; devemos sim unir todos os jornalistas diplomados, e os que concordam com a obrigatoriedade do curso superior, para não permitirmos o pandemônio aqui citado tomar conta de uma profissão honrada, séria e comprometida com os interesses gerais da sociedade.

Aos meus olhos chegamos à morte de nossos valores sociais e ética. E para terminar esse texto gostaria de convidar você para a reflexão da letra "Perfeição" de Renato Russo onde o poeta retrata isso nos convidando para uma celebração da falta de amor, agressão, violência e injustiça social.

Perfeição (Dado Villa-Lobos - Renato Russo - Marcelo Bonfá)

1.
Vamos celebrar a estupidez humana
A estupidez de todas as nações
O meu país e sua corja de assassinos
Covardes, estupradores e ladrões
Vamos celebrar a estupidez do povo
Nossa polícia e televisão
Vamos celebrar nosso governo
E nosso estado, que não é nação
Celebrar a juventude sem escolas
As crianças mortas
Celebrar nossa desunião
Vamos celebrar Eros e Thanatos
Persephone e Hades
Vamos celebrar nossa tristeza
Vamos celebrar nossa vaidade


2.
Vamos comemorar como idiotas
A cada fevereiro e feriado
Todos os mortos nas estradas
Os mortos por falta de hospitais
Vamos celebrar nossa justiça
A ganância e a difamação
Vamos celebrar os preconceitos
O voto dos analfabetos
Comemorar a água podre
E todos os impostos
Queimadas, mentiras e sequestros
Nosso castelo de cartas marcadas
O trabalho escravo
Nosso pequeno universo
Toda hipocrisia e toda afetação
Todo roubo e toda a indiferença
Vamos celebrar epidemias:
É a festa da torcida campeã

3.
Vamos celebrar a fome
Não ter a quem ouvir
Não se ter a quem amar
Vamos alimentar o que é maldade
Vamos machucar um coração
Vamos celebrar nossa bandeira
Nosso passado de absurdos gloriosos
Tudo o que é gratuito e feio
Tudo o que é normal
Vamos cantar juntos o Hino Nacional
(a lágrima é verdadeira)
Vamos celebrar nossa saudade
E comemorar a nossa solidão

4.
Vamos festejar a inveja
A intolerância e a incompreensão
Vamos festejar a violência
E esquecer a nossa gente
Que trabalhou honestamente a vida inteira
E agora não tem mais direito a nada
Vamos celebrar a aberração
De toda a nossa falta de bom senso
Nosso descaso por educação
Vamos celebrar o horror
De tudo isso com festa velório e caixão
Está tudo morto e enterrado agora
Já que também podemos celebrar
A estupidez de quem cantou esta canção

5.
Venha, meu coração está com pressa
Quando a esperança está dispersa
Só a verdade me liberta
Chega de maldade e ilusão
Venha, o amor tem sempre a porta aberta
E vem chegando a primavera
Nosso futuro recomeça:
Venha, que o que vem é perfeição.


NOTA DA LUA NUA: Toda vez que o Brasil consegue andar de burro a cavalo ele retroage e anda de cavalo a burro. PQP que merda heim!?!?!

Mas sei que uma dor assim pungente
não há de ser inutilmente
A esperança dança
na corda bamba de sombrinha...

domingo, 14 de junho de 2009

DIA DOS NAMORADOS


Botafogo vence Palmeiras e se classifica para próxima fase do Showbol

O Botafogo é a primeira equipe a se classificar para a próxima fase do Campeonato Brasileiro de Showbol ao derrotar o Palmeiras por 11 a 10 na noite desta sexta-feira, dia 12, no ginásio Galegão, em Blumenau. O goleiro Milagres fez o gol que garantiu a vitória do Fogão. A outra vaga será definida na terça-feira, dia 16, em Brusque, quando o Palmeiras encara o lanterna Cruzeiro. Se vencer, o alviverde segue na competição, mas, se tropeçar dá a vaga ao Corinthians.

Leia mais aqui


Sabe aquela coisa boboca de Dia dos Namorados, tipo: o cara tem que levar a namorada ao shopping, ao cinema ou a um restaurante pra ela ficar com cara de Barbie cor-de-rosa?

Pois é, dessa vez inovei.

Nada de jantarzinho, velinhas, motelzinho e etc, dessa vez foi um jogão!!! Meu presente do dia dos namorados foram 2 ingressos pro showbol que ia ter aqui em Blu entre Botafogo x Palmeiras.

E foi muito legal!!!! Afinal de contas não é todo dia que a gente vê nosso Botafogo ganhar. Voltei pra casa rouca de tanto gritar:

FOOOOOGOOOOOO!!!!

FOOOOOGOOOOOO!!!!

FOOOOOGOOOOOO!!!!



Sábado continuamos namorando e aí rolaram outras coisinhas, como presentinhos, almoço por aí, dormir fora de casa pra variar a cama... etc, etc, etc...

segunda-feira, 8 de junho de 2009

CANNABIS SATIVA – sim ou não?

Fumada em cigarros, conhecidos como "baseados", ou inalada com cachimbos ou narguilés, a maconha é um entorpecente produzido a partir das plantas da espécie Cannabis sativa, cuja substância psicoativa – aquela que, na gíria, "dá barato" – se chama cientificamente tetraidrocanabinol, ou THC.


UM MUNDO LIVRE DE DROGAS É INGENUIDADE OU EQUÍVOCO?
Os danos à saúde são reconhecidos e não quero aqui exaltar as virtudes da erva, a não ser suas propriedades terapêuticas para uso medicinal. Só que pensando de forma lógica os números e o mercado falam que se gastam bilhões de dólares por ano, mata-se, prende-se, mas o tráfico se sofistica, cria poderes paralelos e se infiltra na polícia e na política. O consumo aumenta em todas as classes sociais. Desde 1998, quando a ONU levantou sua bandeira antidrogas, no comércio mais que triplicou o consumo de maconha e cocaína na América Latina.

Segundo a Revista Época, há 200 milhões de usuários regulares de drogas no mundo. Desses, 160 milhões fumam maconha. A erva é antiga – seus registros na China datam de 2723 a.C. –, mas apenas em 1960 a ONU recomendou sua proibição em todo o mundo. O mercado global de drogas ilegais é estimado em US$ 322 bilhões. Está nas mãos de cartéis ou de quadrilhas de bandidos. Outras drogas, como o tabaco e o álcool, matam bem mais que a maconha, mas são lícitas. Seus fabricantes pagam impostos altíssimos. O comércio é regulado e controla-se a qualidade. Crescem entre estudiosos duas convicções. Primeira: fracassou a política de proibição e repressão policial às drogas. Segunda: somente a autorregulação, com base em prevenção e campanhas de saúde pública, pode reduzir o consumo de substâncias que alteram a consciência. Liderada pelos ex-presidentes, a comissão defende a descriminalização do uso pessoal da maconha em todos os países. "Temos de começar por algum lugar", diz FHC. "A maconha, além de ser a droga menos danosa ao organismo, é a mais consumida. Seria leviano incluir drogas mais pesadas, como a cocaína, nessa proposta".


Mesmo com o investimento de US$ 6 bilhões dos Estados Unidos no Plano Colômbia, a área de cultivo de coca na região andina permanece com 200 mil hectares.


QUEM PRODUZ?
A comissão latino-americana acha "imperativo retificar a estratégia de guerra às drogas dos últimos 30 anos". Nosso continente continua sendo o maior exportador mundial de cocaína e maconha, mas produz cada vez mais ópio e heroína e debuta na produção de drogas sintéticas.



QUEM CONSOME?
O hemisfério norte consumidor por excelência. Nos Estados Unidos, ainda se encarceram usuários na maioria dos Estados, e a Europa faz vista grossa ao consumo, mas não muda sua legislação.



Os ex-presidentes Ernesto Zedillo, César Gaviria e Fernando Henrique (da esq. para a dir.), em encontro no Rio, na semana passada. Eles defenderam a revisão das leis contra as drogas e a descriminalização da posse de pequenas quantidades de maconha.



QUEM APÓIA A LIBERAÇÃO?
Agora, não são hippies nem pop stars. São três ex-presidentes latino-americanos, de cabelos brancos e ex-professores universitários, que encabeçam uma comissão de 17 especialistas e personalidades: o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, do Brasil, de 77 anos, e os economistas César Gaviria, da Colômbia, de 61 anos, e Ernesto Zedillo, do México, de 57 anos. Eles propõem que a política mundial de drogas seja revista.


QUEM É CONTRA? PORQUE É CONTRA?
Com a liberação do consumo da maconha, mais gente experimentaria a droga. Isso aumentaria o número de dependentes e mais gente sofreria de psicoses, esquizofrenia e dos males associados a ela. Mais gente morreria vítima desses males. "Como a maconha faz mal para os pulmões, acarreta problemas de memória e, em alguns casos, leva à dependência, não deve ser legalizada", afirma Elisaldo Carlini, médico psicofarmacologista que trabalha no Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas (Cebrid). "Legalizá-la significaria torná-la disponível e sujeita a campanhas de publicidade que estimulariam seu consumo".

"A lei sempre pode melhorar, mas sou contra esse tipo de mudança", diz o deputado estadual Edson Ferrarini (PTB-SP), que há 36 mantém uma entidade de recuperação de dependentes de drogas. "Nossa legislação já é atualizada. Hoje, não existe ninguém preso por fumar maconha. O problema é que 90% das pessoas envolvidas com drogas como cocaína, heroína e crack começaram com maconha. E, no Brasil, as pessoas começam cedo nas drogas". Para ele, assim como para a ONU ou para o governo americano, controlar a oferta das drogas por meio de políticas de segurança e do combate ao tráfico e ao consumo é a melhor forma de combater os danos que elas causam à saúde.


QUEM BUSCA POSICIONAMENTO COERENTE?

NO EXTERIOR
Martin Jelsman
"A proibição das drogas ilícitas pôs o mercado desse lucrativo comércio em mãos de organizações criminosas e criou enormes fundos ilegais que estimulam a corrupção e os conflitos armados em todo o mundo", diz o cientista político holandês Martin Jelsman.

Milton Friedman
O economista Milton Friedman (1912-2006) apoiou estudos da Universidade Harvard que mostram que, se a maconha fosse liberada e legalizada, em vez de se gastar uma fortuna com a proibição, haveria um ganho potencial de US$ 7,7 bilhões por ano e de US$ 6,2 bilhões em taxas para investimento em saúde pública. Trata-se de um potencial de arrecadação comparável ao do tabaco.

Robert Sweet
Em vez disso, a política dos EUA em relação às drogas vem custando fortunas ao contribuinte americano. Cresceu de US$ 10 bilhões, nos anos 80, para US$ 35 bilhões anuais. "É um fracasso como custo-benefício. Taxar as drogas e fornecer assistência à saúde do usuário é o caminho adequado. Todas as drogas que alteram o comportamento da mente devem ser controladas, exatamente como o álcool, com restrições de venda de acordo com lugares e horários e, obviamente, jamais a menores", diz o juiz federal americano Robert Sweet, de Nova York.

NO BRASIL

Kátia Tavares

No Brasil, a legislação continua ambígua em relação ao consumo nos espaços públicos. Em outubro de 2006, entrou em vigor no país a Lei Antidrogas nº 11.343. "É mais uma reforma de caráter simbólico, já que não diferencia a figura do experimentador, ocasional consumidor ou usuário frequente de entorpecentes", afirma Kátia Tavares, da Comissão de Direito Penal do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB). “O atual texto não deixa de criminalizar a conduta do porte para consumo pessoal, pois prevê como pena a prestação de serviços à comunidade, além de fixar medida educativa semelhante a um castigo, imposta pelo juiz criminal”. Não seria oportuno, pergunta Tavares, que o consumo próprio de drogas fosse examinado pelo Ministério da Saúde? "Descriminalizar a conduta da posse para uso próprio é uma medida urgente. Isso não significa a legalização das drogas", afirma ela.

FHC
A menos de 1 quilômetro da casa de qualquer latino-americano ou norte-americano, diz o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a maconha está disponível. Mas quem fuma maconha não dispõe da ajuda do sistema de saúde pública. Caso se torne um dos 10% que, em algum momento da vida, se tornam dependentes ou viciados, ele não terá assistência do Estado.

Alberto Cardoso
No início do mês, quatro policiais, em três triciclos, detiveram jovens que fumavam maconha no Posto 9, na Praia de Ipanema, no Rio de Janeiro. Os policiais foram vaiados e houve tumulto. No Brasil, o usuário não pode, pela legislação, ser preso. Mas o policial pode levá-lo para a delegacia e fichá-lo por consumir uma droga ilícita, condenando-o a trabalhos comunitários. Ou pode achacá-lo. Porque, ao fumar um baseado, ele continua cometendo um crime. "Há uma brecha na lei que precisa ser mais bem explicada ou reescrita", diz o general Alberto Cardoso, da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad). "Deter ou não o usuário de maconha ainda depende do arbítrio ou da educação dos policiais brasileiros". A comissão propõe que se mude a maneira de enxergar o consumidor de maconha. Ele deixaria de ser um infrator.

Rubem César Fernandes
"O que aconteceu com esses jovens tem tudo a ver com os objetivos a longo prazo da comissão latino-americana", diz Rubem César Fernandes, diretor da ONG Viva Rio. "A política de repressão pura e simples cria oportunidades para o crime e reforça a tendência de desvios na classe média, especialmente no consumo de ecstasy, presente em todas as raves. Na Europa, a política tem sido colocar nas festas não policiais, mas agentes de saúde. Quando veem alguns jovens 'brilhando' demais, fazem coleta de sangue, mandam para casa. Essa rapaziada que começa a comprar de amigos e vê que pode ficar rico comprando e revendendo entra no crime sem nem se dar conta. Porque não há conversa, informação, prevenção. A proibição é um estímulo ao desvio". Fernandes, que admite já ter sido viciado em maconha quando vivia nos Estados Unidos, afirma que, futuramente, a saída para minar o tráfico talvez seja a legalização de todas as drogas, com o comércio regulado. Nem todos concordam.

E O CASAMENTO ARMAS X DROGAS?
A Polícia Federal concluiu, no Rio de Janeiro, duas operações contra quadrilhas de traficantes de classe média que abasteciam a Zona Sul da cidade com drogas sintéticas e forneciam armas aos bandidos dos morros. Os moradores do condomínio Lagoa Azul, na Lagoa, bairro nobre do Rio, assistiram, logo ao acordar, a uma cena comum apenas nas favelas vizinhas. Dezenas de policiais vasculhavam o edifício. O carro de quem saía de casa para o trabalho era revistado. Muitos perguntavam se um assalto ocorrera no prédio e se os policiais procuravam os bandidos. Ninguém imaginava que os agentes caçavam o vizinho da cobertura, avaliada em R$ 1,2 milhão, acusado de tráfico de drogas. Henrique Dornelles Forni, o Greg, de 25 anos, foi um dos 51 presos nas operações em diversos Estados.


Quadro de Mihály Zichy, "Lúcifer". Mostra o banimento de Lúcifer do Céu por Deus.


MAURICINHO GREG – O ANJO DECAÍDO?
Greg seria, segundo a polícia, um exemplo de "mauricinho" de classe média alta que saltou do consumo em festas para o tráfico internacional.

O pai de Greg, o publicitário Paulo de Tarso Forni, afirma que o rapaz fuma maconha desde os 14 anos, com permissão médica, porque sofre de dislexias e fobias: "Faz mal fumar? Eu não discrimino ninguém que fuma maconha". Greg só teria deixado o país uma única vez nos últimos sete anos, para uma viagem à Disney. "Ele vive lavando roupas de mendigos, tem um grande coração. Devia ser candidato a vereador", diz o pai. A incredulidade de Paulo de Tarso é a mesma dos pais de outros jovens. Na sede da PF, onde os rapazes estão presos, duas mães desmaiaram.

A história de Greg alimenta a grande fantasia da maconha como porta de entrada para os maiores pesadelos paternos: a dependência de drogas pesadas – como crack e cocaína – e o envolvimento com o crime. Ele não só comprava e revendia balinhas. Greg teria arrendado duas bocas de fumo no morro. Segundo a polícia, Greg passava seus dias na Lagoa e, à noite, trabalhava na boca de fumo, de fuzil na mão. Para a família, dizia que estava em baladas na "night".

LUGAR DE TRAFICANTE É NA CADEIA?
A comissão de ex-presidentes e personalidades defende debates honestos e francos. E continua a defender a repressão ao crime organizado. As famílias, as escolas, as igrejas precisam encorajar o debate, sem tabus, porque a guerra às drogas, de acordo com eles, não deu certo.

TABAGISMO & CIA
Quem defende a legalização do uso da maconha costuma usar o argumento da Lei Seca: a proibição do álcool nos EUA entre 1919 e 1933 aumentou o consumo e gerou crime e violência. E cita o exemplo recente do tabaco, cujo uso é sete vezes maior que o da maconha, mas vem se tornando uma droga antissocial sem que os fumantes sejam presos – somente com fortes campanhas de conscientização e restrição de espaços. Quem é contra a legalização está convicto de que o consumo e o vício aumentariam brutalmente na juventude e que a existência de drogas danosas liberadas não justifica legalizar mais uma. Mesmo os partidários da legalização de todas as drogas acreditam num processo gradual, que seja adotado em todo o planeta, para que um país de lei mais liberal não sirva de refúgio aos traficantes perseguidos nos demais.

"O tabagismo é considerado a maior causa evitável de doença e morte no mundo", diz a pesquisadora Analice Gigliotti, presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas – a favor da descriminalização (do consumo), mas contra a legalização (da venda). Ela faz um paralelo entre tabaco, álcool e maconha. "O cigarro mata metade de seus usuários precocemente – de câncer, doenças pulmonares e cardiovasculares. Mas não provoca alteração de comportamento", afirma. A maconha, segundo ela, tem um potencial de vício inferior ao do tabaco e comparável ao do álcool. Mas vicia, com direito a síndrome de abstinência e tudo. Pode provocar câncer, prejudicar a capacidade de aprendizado e perda dos reflexos motores, o que também aumenta acidentes de trânsito.

A pesquisa da Beckley Foundation relaciona ansiedade, paranoia e sintomas psicóticos entre os efeitos do uso da maconha em altas doses. Mas sustenta que as consequências para a saúde são menos danosas que as do álcool. Mais da metade dos brasileiros bebe. E os números da violência confirmam a profunda relação do álcool com o crime. Ele está relacionado a: 86% dos homicídios; 60% dos abusos sexuais; 37% dos assaltos; 13% dos abusos de crianças; 60% dos homens e 25% das mulheres envolvidos em violência doméstica.


SERIA ESSA UMA SOLUÇÃO VIÁVEL?
Muitas perguntas continuam sem resposta. Duas delas são básicas. De que adianta descriminalizar o uso da maconha se o comércio for mantido ilegal? Comprar pode, mas vender não? Uma saída – somente no caso da maconha – seriam as plantações domésticas, tendência em alguns países. “A resposta para isso tem sido microprodução”, diz Fernandes, do Viva Rio. "Na Califórnia, é permitida a produção doméstica. Os usuá­rios nem gostam da ideia de passar a produção às empresas de cigarro. Na Holanda, é permitido o cultivo de até cinco pés da planta em casa. Na Bélgica e na Espanha, até dois". Dessa forma, o usuário não só garantiria a qualidade do produto, mas também ficaria longe dos traficantes. O consumo se dissociaria do crime organizado.

Já se sabe que nem o policial nem o juiz – e provavelmente nem os pais – impedem um jovem de experimentar ou continuar a consumir drogas, legais ou ilegais. Se é utopia imaginar um mundo livre de drogas, também é ingênuo supor que o ser humano trate de questões polêmicas sem considerar seu aspecto moral. Governos, ao estabelecer políticas, devem dar o exemplo e ser realistas. Os indivíduos escolherão o certo e o errado de acordo com sua formação, educação ou religião. Hoje, é praticamente consenso que o usuário de qualquer droga, não apenas maconha, não deve ser tratado como criminoso.


Acima de tudo, deve prevalecer a visão do filósofo inglês John Stuart Mill (1806-1873): Sobre si e sobre o próprio corpo, o indivíduo é soberano.


NOTA DA LUA NUA: Todo esse material eu li aqui e depois ordenei para que ficasse bem menor do que na matéria.

Apesar de não ser usuária, nem de maconha, nem de nenhuma droga lícita ou ilícita (incluindo a venenosa comida do Mac D., mas excluindo a gostosa e gelada cerveja) eu sou uma cidadã plugada.

Acho difícil o Estado e a lei resolverem se as drogas devem ou não devem ser legalizadas, se o aborto deve ou não ser permitido, mas acredito que com união e boa vontade do Estado & Sociedade poderá num futuro, não muito distante, chegar a um senso comum e benéfico para a humanidade.

A meu ver, cada país deveria chegar a um consenso, mas depois todos os países deveriam se reunir e usar uma só conduta legal. Acredito que isso facilitaria o que fazer na hora que os "inimigos da lei" mudassem de endereço.

domingo, 7 de junho de 2009

CB 300R

Gisele foi a única mulher a disputar o Campeonato Gaúcho de Motovelocidade em 2008 com uma Twsiter e terminou em 6º lugar.
Na CB 300R percebeu várias melhorias.


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