PEQUENAS REFLEXÕES, GRANDES DÚVIDAS...

Se o sexo é uma coisa tão boa, tão divina a ponto de Deus ter escolhido este caminho para procriarmos, porque os livros espirituais falam que quando voltamos ao estado espiritual somos separados, um lar para os espíritos masculinos e outro para os femininos, até que voltemos ao estado natural de espíritos assexuados?

Porque o sexo no céu, ou sei lá que nome se dá o lugar que iremos quando não mais estivermos carregando o corpo carnal grosseiro, não é permitido?

Sim, até existe uma lógica que é a que não damos vida aos espíritos, como damos às crianças na Terra, então o sexo seria inútil. Mas isso se, e apenas se, pensarmos em sexo como é pregado por algumas religiões, ou seja, apenas para fins de procriação.

Mas se a procriação fosse assim tão vazia de propósitos emocionais, não precisaríamos ter nossa alma explodindo quando passamos pelo portal do orgasmo. Poderíamos apenas juntar os dedos indicadores, por exemplo, e termos as mamães grávidas, se assim o casal quisesse.

Quando falo em orgasmo, falo da sensação de poder voar até o mais alto e no mesmo instante mergulhar nas profundezas abissais que só pode ser vivido através do contato físico com a pessoa amada.

Então porque, se o orgasmo é uma experiência ímpar na sua essência, se é algo que nos costura à outra alma, se nos faz sentir borboletas na barriga e alcançar o Nirvana, ele não tem continuidade na continuidade da vida?