quarta-feira, 10 de março de 2004

BACCA & ALMADAN

AS MENTIRAS CALAM
Luis Bacca

O sonho agora é espasmo do que acalentei.
O rubro cobre os pecados que pratiquei.
Converto-me para simplicidade
Já não sou um aprendiz que ousei.

Não tive medo pelo pouco saber.
Enfrentei as palavras com mata borrão;
As tintas deram forma à emoção;
Pela vida tingindo páginas cambaleei;
Palavras soltas para iluminar tracei.

No espelho a minha reverso
Não sustentou o reflexo.
A lanterna trouxe a luz
A imagem insuportável.
O espelho quebra.

Minha sombra deflorada;
Minha nudez ridicularizada;
Minhas entranhas expostas;
Meu refúgio escancarado.

Pela estrada novamente
A procura deste novo homem.
Digno do beijo do amor,
Do abraço das crias,
De uma rede no rancho.




MORGANA
Não é minha intenção brigar com vc, mas é minha leitora mais assídua ultimamente e não deixa nem link e nem mail. Pô isso é maldade, como vou te responder? Só nos meus posts né?
Falar nisso... o Tio vai ficar feliz de saber que tem uma fã!



O Louco é intrigante... Já teve "ene" blogs como eu... e escreve bem o cara!!!! E tá linkado aí do ladinho.

Porque invejo (inveja boa... calma!) quem consegue falar de um pedaço que não consigo externar?


GELO VIVO
Amadan

Há muito tempo que espero por mim
estando onde não consigo chegar
assoberbado com questões intrigantes
condenado por respostas cortantes
que nenhuma luz consegue sanar

desejaria encontrar a verdade
uma qualquer, mesmo sendo cruel
mas existo nesta imobilidade
não por desprovimento de vontade
mas porque a vida não me é fiel

são pois rematadas as minhas águas
perigosas na sua inclemência
todas elas forjadas em mágoas
são dores, são escolhos, são fráguas
restos pútridos da minha inocência

e é neste viver incomplacente
que pressinto a vida passar-me ao lado
sombrio e só, quase um demente
existindo no nada, sem ser vivente
imitando algo sem significado

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