É isso aí! Terminei meu doce de goiaba hoje e ele ficou assim:
Eu podia ter feito aquele de pedaço, mas esse de creme é mais... mais... mais cremoso.
Hoje conversando com o Alba estive contando e, logicamente, lembrando de como aprendi a cozinhar aos 10 anos:
Minha mãe cozinhava bem, tempero gostoso, mas não tinha muita paciência (nem para cozinhar, nem comigo) e aprendeu a cozinhar com a tia dela, a Tia Doca.
Depois de que aprendi o trivial com a aprendiz, resolvi partir para "a mestre" e fui em busca de aprender diretamente com minha tia-avó Doca.
E eu era uma chata nisso (o que ela adorava).
Ela não teve filhos (nunca pôde) e quando eu cresci e pedi para ela me ensinar a "magia" que ela usava na comida, acredito que foi a única vez que ela "sentiu" ter uma filha - com isso falo daquele imenso prazer que só os pais e mães conhecem, que é ensinar seu filho ou filha a fazer algo.
Eu pedia pra ela me ensinar uma comida qualquer e ela prontamente começou a combinar comigo "vou chamar seus pais e irmães para almoçarem aqui no domingo, venha por volta das 10h e faremos juntas".
Frango ensopado, panquecas, bife a milanesa, feijão....
Ah! o feijão da tia Doca........ caroço tenro, caldo grosso, muitíssimo bem temperado.
E eu ia, estava lá na hora marcada sempre que combinávamos.
A única coisa que aprendi, mas achei que dava muito trabalho e agora consigo comprar um pronto e de excelente qualidade (mesmo não se comparando ao dela) é nhoque.
Acho mesmo que toda bruxa deve aprender as duas primeiras lições muito bem aprendidas: o segredo de amar (de forma universal) e o segredo do caldeirão.
Tia Doca era uma Bruxa no caldeirão.
E aqui uma merecida homenagem ao Tio Orlando. o grande amor da tia Doca, e a "Dona Moça" (como ele a chamou pelos 75 anos de vida em comum):
Esqueci de dizer que tia Doca e tio Orlando não estão entre nós há muitos anos, mas meu carinho por ela permanece... Ele deve estar fazendo a contabilidade no céu e ela, muito provavelmente, no setor de alimentação.
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