VITAL E SUA MOTO (música)
Os Paralamas do Sucesso
Vital andava a pé e achava que assim estava mal
De um ônibus pro outro aquilo para ele era o fim
Conselho de seu pai: "Motocicleta é perigoso, Vital.
É duro de negar, filho, mas isto dói bem mais em mim."
Mas Vital comprou a moto e passou a se sentir total
Vital e sua moto, mas que união feliz
Corria e viajava era sensacional
A vida em duas rodas era tudo que ele sempre quis
Vital passou a se sentir total
No seu sonho (de metal)
Vital passou a se sentir total
No seu sonho de (metal)
Os Paralamas do Sucesso iam tentar tocar na capital
E a caravana do amor então pra lá também se encaminhou
Ele foi com sua moto, ir de carro era baixo astral
Minha prima já está lá e é por isso que eu também vou
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Acho que hoje começa um novo caminho na minha vida...
Em 16 de outubro de 2004 postei um texto chamado O Primeiro Tombo que eu contava meu primeiro tombo.
No fotolog contei O PRIMEIRO TOMBO A GENTE NUNCA ESQUECE... que eu falava do tombão que meu filho tomou (trouxe o texto para quem tem preguiça de viajar na net):
"Pois é, além de estar sem auxiliar para assuntos de limpeza, fiquei sem meu melhor ajudante de ordem.
Hoje, voltando da faculdade, ele deu uma distraída e tomou um pacote, assim meio de bobeira mesmo.
Quando vi ele chegar ralado, falei uma frase que já repeti um sem número de vezes quando ele era menino: "Já pro banho! Vai arder, mas passa bastante sabonete em cima".
Quando ele saiu do banho eu já estava com o material de curativo à mão: tesoura, esparadrapo, atadura e bananas.
Bananas sim! A face interna da casca da banana é o melhor cicatrizante e anti-inflamatório que conheço. Amanhã trocamos o curativo 3 vezes ao dia e depois de amanhã ele já tá bom.
A primeira coisa que fui ver foi o capacete. Sempre me agradeço por não ter economizado nesse quesito. O bichinho é valente!
A moto? Não sei, vou ver só amanhã com mais atenção. Pelo menos eu sei que vou morrer em 2 piscas novos, 1 ou 2 pedaleiras, um pouco de lanternagem aqui e ali e desempenar o guidon.
Agora ele virou o Xão, O Muminha..."
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Meus tombos não me doeram, mas...
Nunca falei, nem aqui, nem no fotolog dos dois tombos do marido. Não sei o porquê, mas nunca falei.
Hoje passei algo que nunca mais quero passar.
Fomos, marido e eu, buscar o carro na oficina. Mesmo em baixo de chuva fina e muito frio fomos de moto, até porque era nosso único veículo.
Na ida calados, apreensivos porque o chão estava escorregadio e sabíamos dos perigos. Ele pilotando e eu de garupa.
Na oficina resolvemos que ele voltaria com a moto e eu iria direto buscar o filho que, pelo horário, estava saindo do trabalho. Falei brincando com ele: "Vai devagar, com cuidado... porque você sabe que o chão está escorregadio e você trouxe a gente em segurança, vai com cuidado".
Esperei ele sair da oficina e quando o trânsito ficou difícil para um carro, mas fácil para uma moto... ele me esperou.
Até que ficamos lado-a-lado e eu buzinei. Ele acenou dizendo que "ia tocar" e eu acenei respondendo "vai".
Não andamos 50 metros e uma das muitas pessoas que dirigem extremamente mal nesta cidade cortou a frente dele... de carro.
Como eu estava muito perto, não cheguei a ver ele cair, mas vi ele caído no chão com a moto em cima do pé dele. Eu estava de carro e por essa limitação, ou subia e transitaria pela calçada, ou chegava nele mais lentamente e de forma mais segura. Optei por ir de forma mais segura.
Bom... para finalizar:
A senhora que bateu na minha moto que estava com ele falou que ele estava errado e foi embora.
Pelas leis de trânsito brasileiras ELA DEVERIA FICAR PARA PRESTAR SOCORRO e não ficou.
Hoje ela cometeu um "crime de trânsito" e agora esta parte vai ficar com a polícia.
Quanto a mim.... não quero mais motos.
Nâo quero mais ver meu filho ralado e nem quero ver meu marido no chão por causa da incompetência e da falta de noção de maus motoristas (independente de serem homens ou mulheres).
Gosto do vento.
Gosto da liberdade que a moto sempre me trasmitiu.
Gosto de ousar.
Gosto de me sentir parte da paisagem.
Mas não gosto da dor!
"Logo que surgiu no planeta terra, a motocicleta ganhou uma enorme legião de apaixonados. Como uma extensão do próprio corpo, a motocicleta permite que alguém passe de telespectador (quando vemos o mundo da janela de um carro) à figura pertencente à cena, personagem atuante que sente e que vivencia os acontecimentos". (autor desconhecido)
Um dia a moto será apenas um clarão nesse meu luar, e se eu trouxe ela para minha família cabe a mim tirá-la.
Não sem dor, nem sem lágrimas.
4 comentários, falta o seu:
Desprendem-se gotas do azul na água
O tempo continuará a existir
Ávida terra de assombro
Vacilantes passos no partir
Manhã submersa de neblinas
A noite teceu seu manto
A agua na sua eterna viagem
Cobriu a ilha de pranto
Profético beijo
O extase de andar de moto é indescritível, mas as conseqüências são desastrosas. No Profissão Reporter Especial desta semana na Globo mostrou algumas situações como acidentes e infrações cometidas tanto por motoqueiros como por motoristas de auto. Se não quiser se desfazer da moto, deixe-a para trafegar em locais de menos movimento e ainda poderá desfrutar da sensação boa de liberdade que ela proporciona.
Beijos de rosa.
Obrigada pelo carinho Profeta.
Bruxinha,
Eu também vi o programa, e mais do que ver, eu sei que aquilo acontece mesmo, e mais do que acontecer, minha cidade está crescendo em número de carros e motos e a "guerra" anda piorando, fora o fato que aqui dirigem MUITO mal.
Adorei sua idéia de limitar o uso da moto. Sempre acho que o caminho do meio é o melhor.
Beijão
Sempre tive paúra de moto..
realmente é um veículo que não fornece muita segurança..
mas tem seus apaixonados..eimagino que deva ser gostosa a sensação...
É...ás vezes precisamos cortar u pedacinho de nossa alma...
Vc consegue!
bejos!
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