terça-feira, 13 de julho de 2004

BEIJO DE SANGUE


Desconheço referências sobre a gravura


BEIJO DE SANGUE

Respirar não me saciava mais
Meu corpo precisava respirar fogo
Narinas dilatadas
Olhar atento

Farejo e sinto o gosto
Você em minha boca
Respiro pela boca

Seu pelo sente meu brilho
Ouço uivos lancinantes
Vindo de úteros vazios

Caminho farejando
O fogo do seu cheiro
Sem te ver

Sem me ver
Seus olhos ardem
Abre as narinas

Sente meu gosto
Sinto seu cheiro
Bichos sedentos

A Lua se esconde
O vento vira
E me pergunto

Você me deixará com seu gosto?
Ou se deixará trucidar?
Mergulhando em beijos de sangue...

Lua Nua


E no mais é preguiça e frio, muito frio...

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