domingo, 18 de março de 2007

SACRAMENTUM CARITATIS - Sacramento do Amor


Não sou muito versada nessas coisas de encíclicas, concílios, liturgias, sínodos e coisas afins, mas pra mim, o Papa além de não se pop parece que pirou.

Acho que ele não anda só almejando uma ruptura da igreja católica, mas também uma debandada geral para essas seitas que se dizem religiões, tipo essas igrejas evangélicas que nascem todo dia por aí visando o dízimo em dinheiro, cheque ou até mesmo cartão de crédito. Não vou citar nomes porque não estou aqui pra fazer comercial de graça de produto sem categoria.

Mas, Valha-me Nossa Senhora!
- Manter o celibato? A Igreja continua desconhecendo os motivos que levam bons padres a abandonar a batina para se casarem e por desconhecer os maus padres pedófilos, os mantém em seus quadros de servidores;
- Missa em latim? Mesmo que as escolas tenham abolido a língua e poucos fiéis entenderão o que está sendo dito nas igrejas;
- Cantos gregorianos nas missas? Estes até que são bonitos, mas essa obrigação irá de encontro aos Carismáticos e suas músicas modernas;
- Missa rezada com o padre de costas para o público? Nesse caso excluem-se definitivamente os católicos surdos, uma vez que eles entendem o que é falado nas missas por meio de leitura labial;
- Um segundo casamento ser chamado de “praga”? E ainda manter a proibição de que divorciados casados novamente comunguem? Sei que a Igreja Católica tem como preceito aceitar mudanças a passos de cágado, mas será que ainda prefere que os filhos convivam com seus pais se digladiando todo dia, às vezes um matando o outro, ou presenciarem vários tipos de torturas físicas e psicológicas em nome da hóstia dominical? Será que não vivem de forma mais saudável os filhos que seus pais, justamente por terem se separado, convivem harmoniosamente? “Praga” foi a palavra usada pelo “santo” pontífice - “santa pontificidade sem visão” como diria Robin ao Batman - E por falar neles;
- Bento XVI defende a família tradicional. Aquela formada por um homem e uma mulher com o intuito de ter filhos, desconhecendo a parceria civil. E o que falar da parceria civil? Se o intuito da Igreja é o casal ser composto de um homem e uma mulher com fins de proliferar, não seria de bom tom a Igreja observar que com 6 bilhões de seres humanos, e desumanos, o mundo não agüenta mais essa proliferação indiscriminada?

E o amor? Onde fica o amor para a Igreja? Cristo não veio ao mundo para pregar o amor?

Será diferente o amor que se fortifica ao longo do relacionamento, se este for de um homem e uma mulher, se de duas mulheres ou de dois homens? Até quando o amor homossexual vai ser considerado: desvio de conduta, doença, aberração, ofensa social ou algo assim?

Até quando a posição da Igreja Católica será retrógrada, separatista e tão afastada das palavras que o próprio Jesus pregou na Terra?

"Caríssimos, amemos-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus", I João 4,7

2 comentários, falta o seu:

Asfaz disse...

Concordo com tudo , seu texto são minhas palavras.

)O(Lua Nua)O( disse...

acho que eu estava inspirada, ou não... não sei...
bjs

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...