segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

ABORTO - sim ou não?



O referendo sobre a legalização do aborto em Portugal, realizado neste domingo, foi invalidado devido à pequena participação dos eleitores, mas o tema agora deverá ser encaminhado ao Parlamento. Com a contagem dos votos virtualmente concluída, mais da metade dos eleitores não foram às urnas, o que pela lei anula a consulta (é necessária a participação de pelo menos 50%dos votantes).

A descriminalização recebeu 59,3% dos votos, segundo os resultados oficiais publicados depois da apuração. O "não" teve 40,74% dos votos, enquanto que a participação ficou em 43,62%, ou seja, 3,8 milhões de eleitores de um total de 8,7 milhões de inscritos. Apesar de a participação não alcançar o mínimo exigido para transformar o resultado numa decisão vinculante, o primeiro-ministro socialista, José Sócrates, assegurou que a lei será modificada.

"A interrupção voluntária da gravidez até as dez semanas praticada por uma mulher num centro de saúde autorizado deixará de ser um crime", declarou. "A lei (que legaliza o aborto) será discutida no Parlamento. Nosso interesse é combater o abordo clandestino e nós temos que produzir uma legislação que respeite o resultado do referendo", afirmou. O primeiro-ministro fez campanha pelo fim da proibição que, segundo ele, causa milhares de abortos ilegais a cada ano e que ele classificou de "a ferida mais vergonhosa de Portugal."




A lei pode ser promulgada, mas o crime nunca deixará de existir.

Sei que em alguns casos o aborto já é aceito, como no caso de estupro ou anencefalia. Se quiser saber de algo sobre anencefalia, leia esta matéria: Marcela: a anencéfala que desafia os abortistas que nasceu no dia 20/11/2006 e até o dia 07/02/2007 ainda estava viva.

Marcela
Foto achada no site da Pro-Vida


Mas compactuo com a Dra. Marlene Nobre, citada no texto A QUESTÃO DO ABORTAMENTO PROVOCADO DO CHAMADO ANENCÉFALO - Por Irvênia Prada, quando ela diz: "o desenvolvimento humano é um processo contínuo que começa quando o ovócito de uma mulher é fecundado por um espermatozóide de um homem... o zigoto e o embrião inicial são organismos humanos vivos, nos quais já estão fixadas todas as bases do indivíduo adulto". Sendo assim, conclui a autora, não é possível interromper qualquer ponto do continuum - zigoto, embrião, feto, criança, adulto, velho - sem causar danos irreversíveis ao bem maior, que é a própria vida. ".



Sei o maior interesse dos governantes é combater o abordo clandestino, mas será que o aborto legalizado consegue isso? Será que as clínicas clandestinas deixarão de funcionar apenas por tere sido legalizado o aborto ou será que apenas deixarão de ser clandestinas, mas continuarão oferecendo um serviço péssimo e legalizado?

As mulheres precisam ter consciência de que aborto não é método anticonceptivo e sim o término de uma vida.

1 comentários, falta o seu:

Luciana Onofre disse...

É o fim de uma vida, que deixa 'milhares' de SE, na vida que não termina.
Por experiência sei que a clandestinidade, a falta de identidade da mulher que aborta, e os "SE" secam a pessoa e dessa sequia, somente depois de muito tempo se sai.

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