quinta-feira, 28 de junho de 2012

MOTOS E TALS....

Ontem pilotando por aí tive uma experiência no trânsito, observei e vi a intolerância, impaciência, desrespeito, e acidentes, quantos acidentes. O desrespeito às leis é enorme. E muitas vezes, nós, motociclistas, somos os que mais padecem no trânsito, pela razão óbvia de nossa vulnerabilidade.

Portanto a minha dica é: se investiu tanto numa boa moto, tanto em equipamento, invista em qualidade de ensino para ser um bom motociclista. Enganam-se quem acha que estas Escolas de Pilotagem que estão espalhadas pelo país atendem a clientela de superbikes apenas. Elas atendem qualquer pessoa consciente de sua necessidade de aprender sempre um pouco mais. Sabemos que as motos de hoje mudam de ciclística, configuração, enfim, reciclam tudo. Muita tecnologia embarcada. E precisamos acompanhar…

Texto escrito no FB do Rovcan Girl


NOTA DA LUA NUA: Excelente texto! Excelente visão! Na cidade que moro, com uma média de 300 mil habitantes, tem morrido ou se machucado muito motociclista. Tenho observado que mulheres andam engrossando essa triste estatística e todas são mulheres pilotando Biz.
As auto escolas ensinam nada ou muito pouco, o trânsito nos exige muito! E essa é uma configuração que tem um cheiro muito ruim.

Eu como motociclista há 30 anos vejo horrores nas ruas. Mesmo estando de moto eu me assusto com os entregadores! E olha que ando bem. Quando as ruas tão vazias, ando em média a 70 ou 80km/h, já andei a 100 em algumas avenidas, mas quando as ruas tão cheias eu baixo o giro pq meus para-lamas são minhas pernas e eu me amo!

Motoqueiro é sem noção! Por isso nos diferenciamos deles, somos motociclistas!

Aqui tem outro texto escrito por uma médica, Dra Daniela Toss, muito oportuno porque a frequência de capacetes cor-de-rosa aumenta dia a dia na fila da perícia médica.

PERÍCIA MÉDICA: UMA FILA DE CONSEQUÊNCIAS
Dra. Daniela Toss - Médica perita do INSS



Diariamente atendo casos de acidente com motos. Após sete anos realizando perícias médicas, gostaria de compartilhar minha experiência com os leitores. Respondendo à jornalista Júlia Voigt (Santa, 23 de maio) e aos demais motociclistas obedientes às leis de trânsito, e, ainda, considerando serem estas as vítimas, aqui vão dois conselhos.

O primeiro – para mim, o mais importante –, dado pelo meu pai quando fiz a carteira de motorista em 1992: “Minha filha, cuidado! O problema são os outros”. Agora, o conselho médico: vendam a moto. Em caso de acidente, o seu fêmur, aquele osso grande da coxa, é o seu para-choque. Se tiverem sorte, irão para a fila do INSS. Caso não a tenham, o seu capacete não absorverá o impacto ao serem arremessados contra o asfalto ou contra o carro que “lhe cortou a frente” – este é o relato mais recorrente. Se houver trauma craniano grave, vocês não virão para a fila da perícia, o seu dependente solicitará a pensão por morte e enfrentará a fila do administrativo, que é diferente.

Destaco também, com a confirmação de colegas – mesmo em número reduzido, estressados e desvalorizados, porém, sempre se importando com as vítimas – que a frequência de capacetes cor-de-rosa aumenta dia a dia na fila da perícia médica. As mulheres estão se igualando aos homens neste “direito”. O direito de se acidentar de moto. Nossa sociedade, infelizmente, não vê seu semelhante – muito menos se ele estiver de moto, no ponto cego do retrovisor –, ela está perdida, acelerada e tomada pelo consumismo.

Rezo por um transporte público mais atrativo, mais agradável, pelo menos daqui a 10 anos. Torço por ciclovias viáveis e seguras. E se meu filho quiser uma moto e não uma bicicleta? Bem, pelo menos não vai reclamar da fila do INSS, pois já aprendeu, desde cedo, que ela é apenas uma consequência. E criticar as consequências é, no mínimo, perda de tempo. Hipocrisia, de quem tem olhos e não quer ver...

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